Coluna do SCIESP no Estadão de 17 de setembro de 2018.
As eleições estão bem próximas. Dia 7 de outubro temos o primeiro turno e o momento exige responsabilidade e reflexão. É hora de exercer nosso papel de cidadão, manifestar nossa vontade e fazer valer nosso poder de escolha. Somos nós que temos a força de mudar o País; temos uma oportunidade de sermos protagonistas da sociedade na qual queremos viver.
Temos enfrentado tempos difíceis. Notícias ruins chegam todos os dias, mas coisas muito boas também foram alicerçadas nas últimas décadas. A vontade da população impulsiona o repensar, muda cenários, leis e processos que melhoram a vida de todos, igualmente. Organizado e participante de maneira direta, a sociedade civil tem muita força e pode sim reconduzir o Brasil para rumos construtivos, que nos permita seguir firmes e de forma eficaz na trilha da retomada de crescimento, educação, geração de empregos, criação de um ambiente favorável a novos investimentos, ganho de produtividade, além da melhora em bases estruturais como saúde e saneamento básico, e outras pautas urgentes e fundamentais para um país que merece estar lado a lado das nações mais desenvolvidas do mundo.
A Constituição Federal, no Título I, Dos Princípios Fundamentais, Artigo 3º, deixa bem claro que constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: construir uma sociedade livre, justa e solidária; garantir o desenvolvimento nacional; erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. E o povo tem de fazer valer esses direitos, garantidos pela Lei fundamental e suprema do País.
Em um Estado Democrático de Direito o voto é uma agenda social que convida todos a se manifestarem igualmente. A eleição que se aproxima é uma janela de oportunidades para atuarmos de forma direta e consciente na indicação do caminho que desejamos que o País siga. Um momento de se fazer presente na pauta nacional e deixar claro seus anseios, de como quer que o Brasil seja a médio e longo prazo, para si e seus descendentes. Ninguém que possa exercer esse direito, o de votar no próximo dia 7 de outubro, deve abrir mão de fazê-lo. Cada voto na urna tem valor e é imprescindível.
O futuro será desenhado coletivamente, mas é na ação individual que o processo tem início. Não deixe que outro escolha os seus representantes por você. Não se omita, não se encolha, não se abandone como cidadão que é e que tem voz, direitos e deveres. Busque informações, as redes sociais trazem rapidamente tudo que acontece no mundo, seja seletivo na escolha das fontes de notícia. Seja observador de sua comunidade, suas carências e dificuldades, estude e procure conhecer as propostas dos candidatos para que sua escolha seja expressão fidedigna de seus anseios.
Cada voto é importante e o voto de todos tem peso igual em uma eleição. Ao exercer nosso papel político, com responsabilidade, somos agentes da mudança. Saímos da passividade do “eles decidem nossa vida” para expressar o que pensamos e apontar o caminho que queremos. Seja um influenciador em seu meio social e grupo de amigos e familiares. Promova o entusiasmo de ir às urnas entre eles, compartilhe sua opinião e saiba ouvir a do outro; esse é o melhor momento para essa reflexão. Repito, cada voto é importante. Ao delegar esse poder a outro, perdemos o direito de exigir nossos direitos. Ausentar-se do debate e da participação frente aos momentos importantes da sociedade não é mais opção. Uma democracia plena começa pelo voto, pela escolha de seus representantes políticos pelo povo.
Por Luiz Antonio França é presidente da ABRAINC (Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias)